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A INSTITUIÇĀO
A Comunidade Terapêutica Mãe da Vida, situada no município de Itapeva no estado de São Paulo, fundado em 17 de fevereiro de 2001, atua no acolhimento de pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas, a entidade legalmente constituída acolhe indivíduos advindos de toda região de abrangência de nossa DRADS, bem como demais regiões, sendo mais de trinta municípios atendidos. Desde a fundação da comunidade mais de 7 mil famílias foram atendidas direta ou indiretamente. A entidade conta atualmente com recursos federais mediante contrato com o Departamento de entidade e apoio e acolhimento atuantes em álcool e drogas (DEPAD) vinculado ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, bem como recursos municipais junto a Secretaria de Desenvolvimento Social de Itapeva/SP através de um termo de subvenção, Emendas Municipais e doações de voluntários seja pessoa física ou jurídica. A entidade segue todas as recomendações das resoluções necessárias para o acolhimento de pessoas que necessitam do processo terapêutico, sendo algumas delas: RDC n° 29 de 30 de junho de 2011, Lei 10.216, Resolução Conjunta SES/SEDS 01/2017, todas dispondo sobre os requisitos primordiais de segurança sanitária para o seu devido funcionamento.
A dependência química gera diversas formas de agravos biopsicossociais, abrangendo um complexo quadro de instabilidade nas áreas da saúde, social e também da segurança pública, levamos como um exemplo do impacto na segurança público a Cracolândia em São Paulo, essas pessoas vivenciam situações de vulnerabilidade, que perpassam situações de preconceito, processo de segregação, perda de vínculos familiares e comunitários, onde a maioria acaba por ficando em situação de rua vivenciando cenas que agridem vários direitos essências do ser humanos positivados em nosso Carta Magna. A população mencionada, necessita de cuidados urgentes e prioritários com ações articuladas e integradas entre as redes da saúde, social e da segurança, pautando sempre na garantia dos direitos fundamentais, tentando trazer de volta a vida destes a autonomia de cada um e também no fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, buscando assim reduzir todos os riscos que a dependência dessas mais variadas substancias trazem na vida do ser humano. Assim as políticas públicas devem sempre garantir meios de atendimento dessas pessoas vulneráveis, de forma que respeitem suas individualidades e suportem a construção de estratégias singulares para a sua recuperação e reinserção social. Os serviços de acolhimento social proporcionam um ambiente com características residenciais, priorizando a convivência entre seus pares e a possibilidade de novas vivencias e elaboração conjunta de rotinas diárias, ampliando assim seus repertórios de boas escolhas para beneficiar a qualidade de vida.
A forma de tratamento é totalmente gratuita e voluntária, tendo um tempo para o fim do processo de seis meses, podendo ser estendido até doze meses a depende das circunstancias mais gravosas, assim o seu plano de atendimento singular possui deste modo tempo especifico e também metas especificas sempre levando em consideração a evolução do acolhido no processo terapêutico.
A entidade deu início nesta atividade a uma política pública inexistente na época neste município, mantida financeiramente através de doações e realizações de festas e vendas de pratos típicos. Conforme o desenvolvimento do serviço ofertado e aperfeiçoamento das técnicas profissionais voltada para a área de dependência química é que no ano de 2014 a instituição estabeleceu sua primeira parceria financeira com o município de Itapeva através do termo de parceria com a rede de saúde, consolidando para tanto seu trabalho com os equipamento que atendem Itapeva e região.
Tratamento
O tratamento proposto pela entidade engloba fases que permitem reorganização biopsicossocial, iniciando-se pela fase de adaptação, desintoxicação, conscientização e por fim a reinserção social. Para que uma pessoa evolua de forma gradativa e satisfatória, é necessário que a mesma possua o suporte adequado, sendo necessário o reestabelecimento da saúde física, para que assim tenha condições internas estruturadas, a fim de desenvolver a conscientização e posteriormente ter a condição de entrar em contato com conteúdos internos para promover uma transformação em seu estilo de vida, desenvolvendo assim de forma efetiva a reinserção desta pessoa junto a sociedade.
A entidade conta com uma equipe técnica qualificada para oferecer todos os suportes necessário aos acolhidos e seus familiares, os auxiliando através de atendimentos individuais, grupos terapêuticos, escutas qualificadas, atividades lúdicas e recreativas, com o objetivo de construir uma rotina melhor de vida, promover a sua autonomia e autocuidado, restaurar e fortalecer os seus vínculos familiares e sociais, como também o seu autoconhecimento, conscientização e ressignificação de suas questões internas individuais.
A entidade possui capacidade máxima para acolhimento de 120 pessoas, sendo 80 vagas para o público masculino e 40 para o público feminino.
O serviço de acolhimento em comunidade terapêutica, tem como principal instrumento terapêutico a oferta de ambiente livre de circulação de substancias psicoativas, bem como a vivência entre os pares, o trabalho de conscientização a respeito da construção de novos hábitos e o auto cuidado que é diariamente construída em conjunto com o auxílio dos educadores sociais capacitados para a respectiva função, bem como a escuta qualificada e mediação de conflitos pelos mesmos. A conscientização da dependência como doença, treinamento de habilidades sociais, realização de plano de atendimento singular visando o planejamento de vida e alcance de metas. O serviço social vem garantir o fortalecimento de vínculos e que os direitos de acolhidos e familiares sejam preservados, e suas vulnerabilidades sanadas.
Relevância Pública e Social
A Comunidade Terapêutica Mãe da Vida foi a primeira Organização da Sociedade Civil a oferecer um serviço para o tratamento da dependência de
substâncias psicoativas no munícipio de Itapeva-SP, continuou por período de 7 anos sendo a única prestando esse serviço no município. A Comunidade foi reconhecida como um serviço de extrema relevância pois o município não possuía uma política pública implementada para atender o público especifico elencado, resultando em extremo desamparo e falta de recursos na relação aos cuidados com pessoas com transtornos por uso de substância. A entidade a partir do desenvolvimento de maior especialidade na área dos cuidados com as pessoas com a problemática de uso abusivo de substâncias psicoativas foi se tornando um equipamento articulador da rede municipal e um serviço que expande seu trabalho para prevenção.
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